domingo, 13 de abril de 2014

Not Now

"Come here, please hold my hand for now
Help me, I'm scared please show me how
To fight this, God has a master plan
And I guess, I am in his demand
Please save me, this time I cannot run
And I'll see, you when this is done
And now I, have come to realize
That you are, the one who's left behind"

Entre pescoços, na curva das bocas e as vezes embaixo do nariz lá está ela. No outro pólo, inalcançável, quase etéria, exalando charme em toda sua delicadeza firme ou sua delicada firmeza,como preferir! 
O maior desejo, o verdadeiro sonho é atravessar a barreira intransponível do contato! Ultrapassar a linha limítrofe entre o você e o eu e em um único instante ser um. Momento onde tudo é possível, mas prefere-se não se fazer nada... Silêncio...
Então inaugura-se uma fase no qual derretem-se as geleiras e os pólos se aproximam, as micro-interações passam a existir com sutil cuidado natural, nem a mais nem a menos. E nada de supetão... Sem socos na barriga, a não ser pelos solavancos na boca do estômago ao se contrair de nervoso e excitação! O arrepio causado pelo choque entre o quente e o frio, ela quente e eu frio!
A filosofia platônica do imaginário entra em ação, e não se sabe o que é real: a caverna está muito escura! Nada aconteceu, não saímos do lugar, mas tudo muda... Maldita revolta que nos tira do lugar e faz o cotidiano ser anormal!
Blackout! Entre flashes neon a vejo, como é inspiradora a sua força, dedicação e copos? Copos? Desconheço-a! A força de levantar copos e mais copos a tornou fraca, perdeu o brilho e caiu... Seu pulso é fraco, mesquinho, mas continua tão doce... tão ali! Que quase posso tocá-la fria e sub existindo - um parasita da sua composição.
Com cuidado maternal pego aquela frágil alma... e quando tudo parecia bagunçado e caótico ela se aproxima e me segura! Fica... Como sair? Tudo dizia sim, enquanto meu coração gritava não... Pobre coitado ficou rouco! Contudo, o que mais me atormentava mais me tranquilizava e ela estava ali, de novo, como sair?
Então fui... Fomos... Fiz o que qualquer pessoa faria, fiz o que precisava ser feito, mas fiz demais! Não podia ficar perto, mas não queria ficar longe. E ela gritava por ajuda, gritava por mim - por que era o único nome naquele momento, mas como eu queria que fosse por outro motivo - gritava muda e atônita. Depois de fluxos, ventos, fichas e nomes ela descansou enrolada a fios. Silêncio..
Ela caída, sem vida, era ninada como um bebê dentro do útero da mãe ao som das batidas do coração em um cantinho escuro... até que ela doce mas fracamente, ou docemente mais fraca, como preferir... Virou-se e pediu desesperada: Me segura! Era tudo que eu mais queria, era avançar mais uma fase, era o sonho, mas infelizmente não era real... foi o pedido de amparo, do colo, do amigo... Mas como negar? Por que se permitir?
Segurei-a a noite toda, abracei, acariciei, doce, dócil e bêbada! Levei-a para casa e deixa-a repousar, esperando que o pedido se repetisse: Please stay, until I'm gone, esperando que ela acordasse do transe e percebesse que: I'm here, hold on, to me... I'm right here, waiting...
Mas não! Ela acordou, e o gelo voltou a endurecer, os pólos foram novamente se estabilizando e a noite não passou de um sonho... que deixou seu cheiro no meu lençol!  Copos? Como sair? Mas como negar? Por que se permitir? Please hold my hand for now ou Segure-a por agora, como preferir!


Talvez não seja tempo de sorrir!